sexta-feira, 26 de junho de 2009

Magia e Nostalgia

Como boa leitora, setimentalista barata e metida a escritora, eu gosto de observar e analisar tudo ao meu redor. Eu so daquelas pessoas que grava cada momento da sua vida com um tom de magica que pode ou não ter existido. Hoje eu estava pensando nisso e percebi que a maior magia da minha vida está em torno da minha casa.
Eu tenho duas sensações fora de casa: uma quando eu saiu dela e outra quando eu volto.
Quando saio de manhã para a escola, mesmo com frio, chuva, calor, quando eu sinto a brisa da minha rua é como se ela estivesse me acolhendo e me desejando um bom dia.
Essa brisa nunca abandona minha rua, mesmo nos dias mais quentes de Campinas. Então é ela que me acolhe quando eu chego em casa. Logo que entro na rua e sinto aquele ventinho tocar meu rosto já me sinto em casa e fico feliz.
Pode parecer bobeira mas eu não consigo me imaginar morando em outro lugar. O que me faz querer sair daqui são as dificuldades em casa. Mas apenas isso. Amo cada cantinho do meu bairro. E como uma criança que cresceu, adoro essa nova liberdade que eu tenho para andar por ele.
Tirando que eu vivo aqui, praticamente desde o dia que nasci, o que mais me marca com certeza é o vento. Como eu e o Pedro conversamos uma vez, não tem nada mais magico que o vento, mais misterioso que ele. Talvez porque ele seja livre para percorrer todos os seus caminhos, tocando quem quiser pelo caminho.
Um privilegio da minha casa é o pôr-do-sol! Da minha janela eu vejo o melhor pôr-do-sol de Campinas, tenho certeza disso. É lindo! Eu consigo ver parte da cidade, parte da estrada, parte de uma parte sem ninguém ocupando e no fundo, sobre um imenso céu azul eu vejo as cores vermelho e laranja se misturando perfeitamente junto com o sol que se vai.
Meu quarto também é outro lugar que está cheio dos significados para mim. Em um dos meus antigos textos, que apenas um grande amigo leu, eu descrevo a sensação de estar aqui dentro. Meu refúgio, meu mundo, meu porto seguro, minha prissão. Já chorei, ri, amei, odiei, fiz amizades, acabei com amizades, se meu quarto falasse ele contaria boa parte de minha vida.
Analisando mais detalhadamente pórem eu acho que toda essa magia em volta do lugar onde moro não passa de nostalgia. Ah, como eu sou nostalgica! Esse não é meu lugar, mas vai ser sempre um lugar para onde eu sei que poderei voltar. Apesar dos pesares, é essa certeza que me motiva a sair daqui e explorar novos mundos...

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